quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Síndrome de Capgras

A Síndrome de Capgras (ou Delírio de Capgras) é um raro distúrbio no qual uma pessoa sofre de uma crença ilusória de que um conhecido, normalmente um cônjuge ou outro membro familiar próximo, foi substituído por um impostor idêntico. 

Foi descrita pela primeira vez em 1923 no boletim da Sociedade Clínica de Medicina Mental, na França, por Jean Marie Joseph Capgras e Jean Reboul-Lachaux, no artigo entitulado “L`illusion des sosies dans um délire systématisé chronique” (A ilusão dos sósias num delírio sistematizado crônico) e daí em diante a síndrome passou a ser reconhecida com o nome do primeiro autor (Capgras). Ele descreveu o caso de sua paciente, Sra. M., uma francesa, que reclamava de que vários sósias tomaram o lugar de sua família e seus vizinhos. Ela disse que tinha tido 80 maridos - um impostor simplesmente ia embora para dar lugar a outro. 

Ocorre em ambos o sexos, apesar de inicialmente ter sido descrito apenas em mulheres.

A síndrome de Capgras é classificada numa categoria de crenças ilusórias envolvendo erros de identificação a respeito de pessoas, lugares ou objetos. Pode ocorrer de forma aguda, passageira ou grave. 

A síndrome de Capgras costumava ser considerada bastante rara, mas os profissionais da área médica estão começando a achar que talvez ela não seja tão rara assim. Quanto maior a quantidade de médicos que conhecem a síndrome, maior é a quantidade de pessoas que eles descobrem que a têm. 

A ilusão é mais comum em pacientes com diagnóstico de esquizofrenia, embora possa ocorrer em variadas condições, como dano cerebral e demência.

Algumas das primeiras pistas para possíveis causas do delírio de Capgras foram sugeridas pelo estudo de pacientes com dano cerebral que desenvolveram prosopagnosia, ou seja, incapacidade de reconhecer rostos. Porém, um estudo de 1984 por Bauer mostrou que mesmo sem reconhecimento consciente, os pacientes emitiam sinais (respostas galvânicas através da pele) ao serem confrontados com rostos familiares, sugerindo que haja uma maneira consciente e uma não-consciente de reconhecimento facial. 

Em um artigo de 1990 do British Journal of Psychiatry, os psicólogos Hadyn Ellis e Andy Young levantaram a hipótese de que pacientes com o delírio de Capgras possam ter uma 'imagem-espelhada' da propagnosia, ou seja, que suas capacidades conscientes de reconhecimento operem corretamente, mas que tenham danificada a sua habilidade emocional de reconhecer pessoas. Os portadores da síndrome de Capgras podem distinguir rostos e achá-los familiares, mas eles não associam o rosto à verdadeira sensação de familiaridade. 

Por exemplo, aquela mulher parece-se com sua esposa, mas você não sente que ela realmente seja sua esposa. Você não tem os sentimentos que deveria ter quando olha a pessoa com o rosto de sua mulher. Sua condutância da pele permanece a mesma, como se estivesse olhando para uma pessoa totalmente estranha. 

Isso levaria à sensação de reconhecer alguém, mas sentir que "algo não está certo" com essa pessoa (que está "faltando alguma coisa").
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